Ser atriz, ser artista! Esse é meu destino!

Ser atriz, ser artista! Esse é meu destino!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O Incidente

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A chuva, a menina e meu amor por elas!


A chuva cai no rosto da menina
Tão triste e sozinha na janela embaçada
Vendo a nuvem entregar sua força
Na forma de gota de lágrima

Passo as noites a observá-la
O recato e o medo a dominá-la
Pensamento obscuro e secreto embala
O corpo da menina que se cala

Num sorriso leve trás a vida
Àquela noite de chuva e trovoada
Descrevo o fato como me agrada
Pois sou o observador que vê sua amada

A pureza que vejo encanta a ela
E se todos amassem a chuva como vejo dela
Entenderiam a dor que sinto ao vê-la
Dando adeus à chuva e fechando a janela

                              Por   Angélica Ertel

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Performance

  
          Performance é uma palavra que adquiriu inúmeros sentidos nos últimos tempos. Além de seu uso pelo senso comum e dos estudos desenvolvidos por Schechner na New York University, é uma linguagem artística específica.
          Etimologicamente a palavra performance veio do latim (per-formare) que significa realizar. Portanto, assumiu diversos significados absorvidos no cotidiano, tais como: execução, desempenho, atuação, ação, ato, cerimônia, rito, representação teatral, feito acrobático, entre outras.
Um dos marcos da Performance, enquanto linguagem artística, data de 1962, quando Yves Klein realizou um trabalho intitulado Salto no Vazio, no qual foi fotografado pulando de um edifício, assim se tornara, o protagonista da obra e a obra em si. 
Salto no Vazio -  Yves Klein  

Entre os precursores da arte da Performance também está a arte conceitual, onde o conceito vale mais que a obra em si.
A Performance como linguagem artística independente é oriunda de representantes das artes visuais e data do início dos anos setenta. Porém, anteriormente, as Vanguardas do início do século XX já anteciparam características que vieram a contribuir para o seu surgimento. O dadaísmo, o futurismo e o surrealismo sustentavam uma clara intenção de posicionar-se contra a arte tradicional, propondo novas formas de manifestações artísticas. A ruptura com a razão que as Vanguardas defendiam desencadeia uma série de críticas às situações da vida, ao questionamento dos valores sociais, posicionando-se contra a alienação humana e contra a ordem instituída do mundo.
Esta atitude está presente em diversas formas artísticas durante o século XX. Os happenings, eventos realizados em grupo onde todos os presentes participam do acontecimento, também possuíam esta característica questionadora. Entre suas principais contribuições para a Performance está a quebra com a separação entre ator e público, incorporando o acaso. Se a Performance é direcionada para o uso do acaso enquanto elemento integrante de seu fazer, o aspecto improvisacional presente torna a manifestação artística viva e intensa para o espectador. Porém, o performer não precisa estar necessariamente próximo do espectador ou jogar fisicamente com ele, mesmo que esta atitude seja comumente observada nas Performances. Mas, sua proposta sustenta uma proximidade mesmo que meramente intelectual.
A body art também foi outra precursora da Performance ao propor uma atividade onde o corpo, aquele que geralmente era usado como instrumento, torna-se sujeito. O performer é corpo-arte, assim sendo, torna-se protagonista e receptor de sua produção ao vivenciá-la e não representá-la. O trabalho do performer está em primeiro lugar na desmistificação do corpo humano como aparentemente natural reconvertendo seu corpo em signo, que por sua vez, produzirá sentidos diversos. O corpo do performer é modelado e ritualizado sendo uma metáfora para o conjunto de todas as manifestações da arte contemporânea. A resignificação proposta nasce das próprias ações, tornando o performer um produtor de sentidos.
Na citação abaixo se vê, claramente, um dos principais elementos da Performance artística:
           
O que interessa primordialmente numa performance é o processo de trabalho, sua sequência, seus fatores constitutivos e sua relação com produto artístico: tudo isso se fundindo numa manifestação final. A cultura nos leva a tomar como naturais as sequências de ações e comportamentos a que estamos habituados, porém a semiótica vai questionar as condições de gerações dessas ações e os fatores determinantes das mesmas.  (GLUSBERG, 1987, p. 53)

A apropriação do corpo pelas artes visuais aproxima a Performance das artes da cena, onde o artista é a própria obra. Na arte teatral o ator é munido de características do personagem, possuindo inteira responsabilidade na produção dos significados criados dentro de sua obra. Ao trazer o signo como fonte para criação a Performance destitui o personagem de seu posto central, bem como a exploração de significados óbvios e definidos de antemão. Assim, as artes da cena passam a experimentar o corpo-arte produtor de sentidos.
Outra característica fundamental presente nas Performances é a intenção de por em ação todos os sentidos do performer: táteis, olfativos, gustativos, auditivos e, principalmente, visuais trazendo para as artes da cena novas possibilidades de fruição. As performances estão sempre em mutação, pois os signos são criados durante a atividade do performer. Para o artista, a Performance é a manifestação de um ato corporal, já que o corpo é arte, transcendendo assim a visualidade representativa do corpo e da arte, se importando com o jogo do performer e do espectador, através da percepção do ato.


                                                           Angélica Ertel 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A pureza da menina

O mundo é uma passagem
E se paga caro pelo andamento
Cada ação nos revela a miragem
De ser um caminho sem movimento

A busca pela viagem
Onde se habita no relento
Desistir é ter coragem
De dizer que não agüento

Esses dias de bobagem
Em busca de outro argumento
Apagado pela nova beberagem
De que álcool vira alento

Me escondo atrás da personagem
Que quer livrar-se do medo do intento
Que mata com minha imagem
De pureza da menina de convento

                                   Por Angélica Ertel

Uma mente inquieta!

Minha foto
Atriz, Diretora e Produtora, formada pela Universidade Federal de Santa Maria - Proprietária da Empresa Performance Produtora Cultural

As Balzaquianas

As Balzaquianas
Foto: Luma Jochims