E numa noite fria de outono, ela simplesmente abriu a porta e foi embora. O que estava pensando ao agir assim? O que estava sentindo ao me abandonar desta maneira?
Não é assim que se deve tratar uma pessoa que a gente ama...
Mas é assim que nos ofendemos com quem amamos.
Quanto mais admiramos uns aos outros, mais difícil se torna a despedida, e como dói.
É uma dor física, mesmo sendo dor da alma. Dor de morte.
E hoje me encontro aqui, desgarrada de um lar. Sem o afeto que tanto me direcionou, sem os apertos de mão que me deram segurança por tanto tempo.
Por que tudo na vida tem um fim? Tenho medo dos ciclos e suas fases, mas tenho paixão pelos círculos, que rodam e voltam ao ponto onde iniciaram.
Ah, um dia eu ainda vou voltar ao marco zero. E que sabe de lá, não sairei jamais.
Eu era feliz e não sabia. Eu não sabia, mas eu era feliz!
Por Angélica Ertel
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