Ao pensarmos na ideia de arte, primeiramente temos que voltar no tempo, mais especificamente à Grécia Antiga, onde a arte começou a ser mera servidora da magia e do ritual, uma forma de adoração aos deuses. Quando se fazia uma peça de teatro, por exemplo, o que se buscava com a representação é a “catarse” do público, que seria uma purgação das emoções através do temor e da piedade. O espectador assistia passivamente a representação, não intervindo em nenhum momento na história.
Ao longo dos anos a arte começou a tornar-se independente da religião, e passou a ser autônoma. Hoje em dia, as manifestações artísticas são admiradas em suas diversas formas de expressão, seja ela: dança, teatro, música, entre outras. O que nós, artistas, temos que ter em mente sempre é que por mais que a arte seja independente, ela não vem como forma de impor ideias, conceitos e sim como questionadora. Os artistas são assim chamados porque mostram ao público uma nova realidade, não apontando certo, nem errado, nem bem, nem mal, apenas libertando-os dos padrões da sociedade e os incumbindo de serem questionadores, seres pensantes.
Cabe, portanto, ao artista mostrar os caminhos, e ao público eleger a rota a seguir.
Angélica Ertel
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