Quando você vira artista, desaprende de muitas coisas: férias passa a ser um tempo antes de outro trabalho; madrugada passa a ser horário comercial; neurose passa a ser criação cênica; amor passa a ser segundo plano; casamento e filhos, passam a ser consequência; cansaço, passa a ser exercício de exaustão; alongamento, passa a ser preparação; corpo-voz passa a ser "instrumento de trabalho"; saudade passa a ser laboratório para personagens dramáticos; discussão passa a ser contracenar em cena pulsação; Roupa, passa a ser figurino; Pessoas passam a ser plateia; Família passa a ser pessoas que não me entendem; Amigos passam a ser colegas de cena; Jogos passam a ser improvisos; Olho no olho, passa a ser química de cena; Vocalidade passa a ser entonação; Bipolaridade passa a ser nuance; E finalmente Vida passa a se chamar Espetáculo. Tudo muda de nome, forma e sentido, mas o artista identifica tudo pela sua essência, e se modifica de acordo com seus personagens!
Por Angélica Ertel
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