Ser atriz, ser artista! Esse é meu destino!

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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Não diga nada, apenas ouça!



Nós vivemos momentos de inquietação. Os pensamentos que nos rondam são sempre de dor, desespero, solidão. Poucas vezes eu me senti livre, soltando o cabelo ao vento, respirando ar puro, enchendo meu corpo de vida. Na maior parte me cobrei resultados imediatos, respostas rápidas. Nunca é fácil, a gente demora anos pra aprender isso. É cada vez mais confuso e complexo ser feliz. Ou melhor, ser feliz com você mesma. Tem vezes que acordo querendo ficar dormindo. Tem vezes que durmo querendo permanecer acordada. Que paradoxo, seria tão mais fácil dormir quando quero e acordar quando quero.
A gente passa os dias pensando em superar desafios, ser melhor no que faz, aperfeiçoar técnicas. Pensamos raramente em aperfeiçoar nossa válvula do sentimento, que a cada nova paixão desafina. Ficamos sempre expostos, nos remoemos, nos reviramos e nos torcemos por dentro. Se o amor dói tanto, será que é realmente amor? Será que esse é o maior sentimento que podemos ter dentro de nós? O que é o amor? Senão um conjunto de horas que passamos do nosso dia pensando no que realmente ele é? Será que temos a real noção do que é isso? Será que sentimos amor, ou somos amor?
Muitas coisas que passamos não se explicam, apenas se sentem. Para saber o que é o amor precisamos tirar o foco do eu e pensar no entorno. Temos um mundo tão cheio de sonhos, tão cheio de vida, tão cheio de caos. Mas talvez o amor seja mais simples que tudo, talvez seja simplesmente ver o belo e senti-lo, ver o caos e curá-lo, ver a vida e vivê-la. O amor pode ser a chuva que escorre no nosso rosto num dia de calor e lava nossa alma. Ou um raio de sol que sai dentre as nuvens num dia gelado de inverno e que nos mantém aquecidos. Ou quem sabe seja eu olhar meu próprio rosto e agradecer por cada ruga, cada linha de expressão, cada cicatriz que aparecem, pois todas tem uma história, todas me mostram que estou vivo.
E a cada pessoa que sente ou vê o amor de uma forma absurdamente fantasiosa, não a critique. O amor tem várias formas, cores, cheiros, sabores, ele é um sentimento mutante. Por isso eu quero dizer para aqueles que lerem isto, amem, amem e amem sempre. Por mais que se machuquem, que sofram, que chorem. Afinal, viver com plenitude a vida, não tem preço.

Por Angélica Ertel

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Uma mente inquieta!

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Atriz, Diretora e Produtora, formada pela Universidade Federal de Santa Maria - Proprietária da Empresa Performance Produtora Cultural

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